Poesia de Florbela Espanca 

Poesia de Florbela Espanca, volume 1, é um livro de bolso que reune três dos seus romanceiros; “Trocando Olhares”, que Florbela escreveu em um livro de mercearia, em 1915 e 1917, tanto em poesias como em contos. Deste livro ela separou 33 poemas para publicar como título de “O livro d’ele”, o que não chegou acontecer. Em 1919, Florbela publicou Livro das mágoas com 38 poemas, que passou despercebido. E o volume 2 desta coleção é romanceiro, “Livro de Soror Saudade”, de 1923. Florbela Veio a falecer em 1930. Não aguentando a morte do seu irmão, seu tão querido irmão e refúgio. Florbela suicidou-se.

Quem foi Florbela Espanca?

Não sei se há alguém que ainda não conheça essa mulher incrível, que consegue ser intensa, ousada, delicada e forte ao mesmo tempo. Poeta de sensibilidade exacerbada, sentia demais, queria, sonhava demais.

Foi uma mulher diferente das demais, era livre, dona de si, queria viver de verdade, o que muitos não conseguiam entender.

Florbela d’Alma da Conceição Lobo Espanca, foi uma mulher além do seu tempo. Nasceu em 8 de dezembro de 1894, em Vila Viçosa, Portugal. Seus primeiros versos são da época em que fez o ensino secundário, e o que viriam ser reunidos em volumes somente depois da sua morte.

Foi bastante repudiada por escrever   poesias eróticas, considerada imorais para a época. O que aumentava sua tristeza por falta de compreensão do mundo.

“No soneto Impossível, confessa que sua dor é tão grande que não caberia mesmo em ‘cem milhões de versos’, caso os viesse a escrever.”

Há um filme que fala um pouco da vida da artista, encontrei disponível no youtube, mas a qualidade, não é das melhores. E acho que não faz jus o que era realmente Florbela.

Hoje, é considerada a figura feminina mais importante da literatura portuguesa. Na minha opinião, é considerada a mais importante da literatura mundial, apesar de eu não conhecer toda literatura mundial, mas quem sabe um dia, rs pois minha paixão por Florbela foi amor à primeira poesia.

Amo essa essa mulher com todas as minhas forças, minha inspiração, minha  poesia, Flor e bela, Florbela. Sem querer ser pretensiosa, mas já sendo, hahaha às vezes sinto tanto, é tudo tão forte, tão intenso, tão único que sinto que posso entender e sentir a dor de Florbela, pois Florbela exala vida intensa e o êxtase do amor.
Ela não era metade em nada, ela transbordava em tudo.

“Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada … a dolorida …

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!”
Florbela Espanca, Livros das Mágoas, 1919

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7 comentários em “Poesia de Florbela Espanca 

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