Há anos li o “Het achterhuis dagboekbrieven”, o famoso “O diário de Anne Frank.”
A versão que tenho é da Editora Best Seller, do grupo Record. Lançado em 2011. Uma tradução de ” The diary of a Young Girl.
Esta versão conta ainda com um livro duplo, pois do lado oposto tem o “Contos do esconderijo”, que são contos, ensaios e fábulas escritas por Anne Frank no período de confinamento.
Preparem seus lenços, pois lágrimas surgirão.
Este é um livro escrito por uma menina judia, chamada de Annelies Marie Frank, entre 12 de junho de 1942 e 01 de agosto de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 09 de julho de 1942, Anne, seus pais, sua irmã e outros quatro judeus, se esconderam em um sótão, que eles chamavam de Anexo Secreto, no escritório de Otto H. Frank ( pai de Anne Frank), em Amsterdam, durante a ocupação nazista na Holanda.
Anne iniciou escrever na Querida Kitty, (nome carinhoso que Anne colocou no diário), quando completou 13 anos, um pouco antes de entrar no confinamento. Depois continuou detalhando momentos vividos por ela e pelo grupo que a acompanhava, no esconderijo.
Em 04 de agosto de 1944, o Anexo secreto é denunciado e agentes da Gestapo descobrem os judeus nele escondidos, e levam todos presos, separando Anne Frank de sua família.
O Diário de Anne Frank foi deixado para trás e é encontrado por Miep, ex-secretária e contadora no escritório de Otto H. Frank. ( Funcionária que ajudava os integrantes a se esconderem dos nazistas).
Miep guardou o Diário de Anne Frank até o fim da Segunda Guerra. Entregando-o ao único sobrevivente que esteve escondido no anexo, o pai de Anne Frank.
O Diario de Anne Frank poderia ser considerado o livro sagrado de jovens escritores, pois transmite todos os anseios, anguntias, desejos e sonhos que uma adolescente costuma ter.
Quando li o livro, eu já conhecia a história, já havia até conhecido o Museu de Anne frank, em Amsterdam, que por sinal, é onde era Anexo Secreto. Contendo gravuras, passagens estreitas, fragmentos do diário oficial, filmes e escritos contando toda história.
Não vou negar que me apaixonei e reapaixonei por Anne, ela era um ser humano lindo.
Teve uma época da minha vida que achei que Anne Frank tinha reencarnado em mim, hahaha pois a forma que ela via o mundo, os anseios, os sentimentos, os conflitos, eram bastantes parecidos com os meus quando mais jovem.
Há muitos que duvidam da veracidade do Diário de Anne Frank. O que considero uma injúria, pois mesmo que o Diário tivesse sofrido alterações, jamais deveriam dizer que essa foi uma história forjada, pois nada disso anula todo sofrimento vivido pelos judeus e muito menos cancelaria a atrocidade que foi o holocausto.
Independentemente de qualquer coisa, Anne Frank existiu, era uma menina em uma fase de muitas mudanças e descobertas. Uma menina que se encontrou presa dentro de si mesma, sofreu, mas que ainda serviu e serve de inspiração para jovens de todo o mundo.
“Estou presa ao caráter com qual nasci e, mesmo assim, tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos, mais do que eles suspeitam num milhão de anos. Quando estou no andar de cima, tento rir porque não quero que vejam meus problemas.”
“(…) deixe-me dizer que estou fazendo o máximo para ser útil, amável e gentil, e para fazer todo possível na tentativa de transformar a chuva de censura numa simples garoa. (…) Ele continuou assim até criar um tal dilúvio de palavras que eu mal conseguia acompanhar. Em um breve instante, pensei: “Ele e suas mentiras. Vou lhe dar um soco tão forte nas fuças que ele vai quicar na parede!” Mas, no momento seguinte, pensei: “Acalme-se, não vale a pena se preocupar com esse sujeito!”
“Na cama, à noite, enquanto penso em meus muitos pecados e em meus defeitos exagerados, fico tão confusa pela quantidade de coisas que tenho de analisar que não sei se rio ou choro, dependendo do meu humor. Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser.” – Anne Frank
Minha nossa, que resenha maravilhosa! E você vistou o museu da Anne :O Morro de vontade de conhecer, de me sentir pisando onde ela pisou…
Fiquei bastante curiosa para ler os Contos do Esconderijo! Vou dar um jeito de achar ele aqui e começar a ler o mais rápido possível.
Beijinhos :*
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