A gente luta para ser forte, durão, adulto, se faz de indiferente, mas nosso interior é uma criança perdida no meio da multidão.
Criança que Chora e se desespera procurando pelos pais, mas só encontra estranhos e escuridão.
E quando a chuva chega acompanhada de relâmpagos, tem frio e sente medo dos trovões.
Poderia está escondida embaixo do lençóis se tivesse uma cama quente, mas está perdida em um lugar desconhecido. Pés molhados e lábios tremendo, tem muita gente, mas está sozinha. Soluça, mas ninguém ouve.
Uma criança em lágrimas. Sente medo, sente dor. Onde está seu porto seguro? Onde está seu abraço, seu colo, seu olhar? Onde estão as mãos que acalmam, que a fazem ninar.
Precisa se achar.
Poesia de Alessandra Martis
