Tatuada em minha pele ela está.
Ciumenta,
briguenta,
levada,
birrenta.
Ela vive, ela chora,
ela ri.
É de tudo um pouco,
mais de mim.
Ela é amor,
ternura,
tesão.
Bruxa, fada, cigana?
Sim! Não!
É a puta intuição.
Ela é serena,
é amável, transborda
compaixão.
Ela é bonita,
teimosa, muitas vezes grossa,
raivosa.
É o mundo, é o extremo, é a vida.
Ela pulsa e está em mim.
Ela é livre,
é rebelde,
destemida.
Ela adora voar,
vive a sonhar,
a ousar,
insiste em amar.
Dançar,
rimar,
viajar.
Ela é inconstante,
apaixonada e apaixonante.
É escrita e reescrita.
Muito drama, lixo, luxo,
lama, cama. Devasa, dama.
Cheia ou vazia?
Oh indecisão!
Ela sou eu.
É… sou poesia
Poesia de Alessandra Martins