Poesia: Louca

 

Esta poesia surgiu em 2012. É um breve resumo de mim, pois é baseada em minhas experiências de vida – consegue destacar muito dos meus gostos pessoais, músicas, livros, filmes, bandas, escritores, pintores, lugares, poesias. Faz uma alusão à loucura como forma de paixão. Muitas estrofes são parafraseadas com grandes obras da literatura. Espero que consiga entender e sentir o poema. Um beijo e até a próxima.⚘

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Louca pela vida, a vida alegre, a vida triste.
Louca por Benigni, de A vida é Bela.
Louca por Luther King, pois a cada dia que vivo.
Eu também Tenho um Sonho.

Louca pela Presença Africana, de Alda Lara.
Apesar de tudo, eu também sou a mesma.
Sou sim! Sou filha, não sei se eterna,
mas da forte rebeldia que também me sagrou.

Louca por uma Sociedade, aquela mesma.
A sociedade dos Poetas Mortos.
A sociedade que me levou à Floresta.
A Floresta que me deixou livre.
A Floresta de Thoreau.
A mesma que me faria sentir
que vivi profundamente.
E que suguei a própria essência da vida. Estou a buscar.

Louca pela Paulicéia desvairada,
pelo herói sem nenhum caráter,
Aquele preto retinto filho do medo e da noite.
Irmão de Maanape e Jiguê.

Louca por Pessoa, não qualquer pessoa.
É aquela Pessoa que não é nada.
Que assim como eu, tem nela todos os
sonhos do mundo – Tabacaria.
Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Louca por uma Flor que simplesmente é Bela.
Que guarda em seu Livro de Mágoas.
As dores, ansiedades, sombras,
névoas e saudades.
Sim! O mesmo que guardo em mim. Florbela.

Louca pelo som da liberdade de Slash.
Junto com um assobio de Patience.
Já vi Armas e Rosas.
Senti a Chuva de Novembro.
E atrasos de um show.
Louca por Bete balanço.
Por uma Vida Louca, de ideologia,
E um comportamento Exagerado.
Pois não, faz parte do meu Show!
Sei mesmo que o Tempo não para.
E que o meu Poeta ainda está vivo.

Louca pelas flores, que tocam a alma,
Que alcançam o sublime e descem
nas profundezas.
Aquelas com espinhos.
Vermelhas, brancas e pretas.
Aquelas de uma noite Tempestuosa.
As Flores do Mal.
Louca pelo Avesso das Coisas,
Dando voltas ao mundo.
Parei e olhei.
Com olhos sujos no relógio da torre.
Para vomitar este tédio sobre a cidade.
Como A Flor e a Náusea.
Naquela mesma, a cidade Luz.
Da imensa Torre Eiffel. Onde também passam pernas brancas pretas amarelas. Olhei o Arco de Triunfo- nada mal.
Lembrei as aulas de história do fundamental.

Mas também já andei em Favelas e becos.
Morei em um lugar que parecia um Cortiço.
Encontrei muitos ‘joãos’ versus ‘Bertolezas’. Já conheci algumas Pombinhas.
Sempre por aí, com muitas incertezas.
Louca. Loucuras.

Louca por cores, por músicas, espelhos,
Um pouco teimosa, mas acato conselhos.
Louca por gente, por beijos, sorrisos.

Louca por poesias, viagens, fotografias.
Louca por ele, por ela, por aquele, por aquela.
Louca por Chagall, Kahlo, Modigliani.
Louca por fantasias, rasbiscos, sonhos na tela.
Louca por Toxicity – um som.

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Fotografia por Sas Terpstra

Poesia por Alessandra Martins

 

 

 

 

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4 comentários em “Poesia: Louca

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