Oi, gente!
Vamos falar de idade?! 😱 Sim! Sei que é um pouco indelicado ficar perguntando a idade dos outros por aí, mas vamos falar de como é ter três décadas.
Muitos até dizem que não aparento ter a idade que tenho. Sinceramente, até algum tempo atrás, eu não gostava muito de revelar a minha idade, me sentia desconfortável com a pergunta, mas depois de um tempo parei de me preocupar tanto com isto, acredito que de tanto falarem que pareço mais jovem, de certa forma me conforta. 🤔 Devemos é parar de bobeira, pois feliz é aquele que tem vida para envelhecer. Lógico que ouvir os elogios massageia de certa forma meu ego.
Bem, passamos por tantas fases. Festas de debutante, 15 anos, príncipe, valsa… quem nunca sonhou?! Mesmo que quando completou 15 anos mudou de ideia, não pode ou não quis realizar àquela festa. Acredito que toda menina já se imaginou sendo uma debutante com direito a valsa, mesmo que tenha sido em um flash, daqueles bem relâmpagos. Faz parte do imaginário feminino assim que se entra na adolescência, a maioria já desejou ser uma princesa mesmo que fosse por um dia.
Aos quinze nos achanos donas do mundo, mas ninguém parece nos entender, são tantas ideias e verdades que mais tarde descobrimos que não passavam de utopias. Passamos por fase de rebeldia versus ultra-romantismo.
Completamos 18. Nossa! Felicidade, pois nos tornamos maiores de idade e já podemos entrar naquela tão sonhada boate. Já podemos assinar como responsáveis. Queremos trabalhar, mas não temos experiência. As crises de identidades, de onde viemos? Para onde vamos? Que mundo é este?
Ninguém nos ama, ninguém nos quer. Vestibular, passar ou não passar.
Dois anos mais tarde. E de uma hora para outra 20 anos.
Bye bye, adolescência!
Já podemos nos considerar adultas. E realmente somos adultas, mas às vezes esquecemos e damos algumas mancadas de teenager. Temos vontade de ligar a tecla Fuck everyone, mas não podemos.
Ah ficamos nos sentindo um carro zero quando completamos 20 anos. Algumas até postam nas redes sociais: 2.0( dois, ponto, zero) só para constar que ainda estão novinhas. E muitas vezes na “pista pra negócio”. São baladinhas atrás de baladinhas, preocupações com faculdade.
Alguns aninhos se passam e de repente já estamos para completar 25. Oh! Faculdade, viagem, relacionamento, trabalho. Parece que tudo acontece ao mesmo tempo e nós não temos tempo.
Tempo? Dinheiro? São sinônimos e isso nos desespera. Não sabemos muito bem o que queremos, mas sabemos que é alguma coisa.
Começamos a preparar aquela listinha de 100 coisas para fazer antes dos 30. E de repente, dormirmos e quando acordamos já temos 30. E agora? Cadê aquela crise que todo mundo tanto fala. Será que esqueceu de chegar? Será que vivemos a vida toda em crise que a dos 30 não apareceu? E a lista que fizemos aos 25 que não completamos nem a metade.
Começamos a corrida contra o tempo. Novamente o tempo. Ele é perturbador. A vontade que dá é de quebrar o despertador. Acordar cedo e trabalhar. Não temos marido e nem apartamento. Oh, sofrimento!
Será que queremos mesmo casar? Ter filhos? Viajar? É hora de rever a lista de prioridade e grifar o que realmente importa.
30 anos geralmente não sabemos muito bem onde vamos chegar, mas sabemos que devemos seguir.
Depois dos 30 é uma nova fase, sendo que agora somos muito mais seguras e temos certeza das nossas escolhas. Nos conhecemos mais. Nosso corpo passa a ser mais admirado, mais tocado, mais amado por nós mesmas.
Garanto que somos mais felizes com nós mesmas do que quando tínhamos 15 anos.
Chegar aos 30 é um pouco assustador, pois iniciamos àquela fase de olharmos para trás e analisar tudo que já fizemos, o que estamos fazendo e o que iremos fazer. Algumas gritam, choram, se irritam, outras apenas sorriem e respiram fundo para continuar.
Trinta anos assusta um pouco mesmo, mas é uma fase maravilhosa. Passamos ter orgulho de ser quem nos tornarmos, senão é a fase de pararmos e olharmos o que podemos mudar para que consigamos atingir o êxtase da existência.
Eu, mulher, já passei dos 15 faz 15 anos, 😊 Posso falar com propriedade.
Sobre o corpo sempre pensei que com 30 anos tinha que entrar na academia, apesar de eu sempre ter sido muito ativa, andar de longboard e às vezes praticar stand up paddle. Estudos apontam que nosso metabolismo fica mais lento. Assim consigo ver atividade física como uma aliada da saúde. E ficar sedentária não é legal. Por esta razão comecei a me exercitar mais.
E sobre o nosso interior. Que é o mais importante. É uma fase de equilíbrio. Acredito muito que ficamos mais objetivas e firmes em tudo. Não nos preocupamos mais com que vão falar da nossa roupa, do nosso cabelo, pois já temos uma personalidade blindada e independente do que disserem nada consegue nos atingir como antes.
As opiniões de pessoas queridas podem até serem ouvidas e acatadas, mas espelho passa a ser nosso melhor conselheiro se estivermos bem com nós mesmas.
No sexo, sabemos o queremos. Não mantemos mais tabus. Não há mais espaço para vergonha. Se algo não nos satisfaz, falamos sobre e tentamos resolver.
Somos seguras, podemos até amar maquiagem e salto alto, mas se não estivermos munidas destes utensílios, isto não nos impede de sairmos de casa e nos sentirmos bonitas, pois aprendemos a nos amar de qualquer jeito.
Somos mais seletivas com os relacionamentos. Prezamos mais a qualidade do que a quantidade.
Não achamos mais que vamos morrer se ele terminar conosco, pois ter alguém passar ser uma questão de consequência. E ele(a) que vai perder uma Wonder Woman.
Não buscamos mais a felicidade e nem acreditamos que alguém possa nos trazê-la, pois descobrimos que a felicidade não é dada e sim compartilhada.
Vivemos a vida inteira buscando fora, mas esquecemos de olhar para dentro. E aos 30 é um bom momento onde podemos analisar isto.
Assim só podemos compartilhá-la se formos realmente felizes.
Com tantas idas e vindas percebemos que estar sozinha é muito mais gratificante. E estar na nossa companhia é mais que um presente.
Vemos com clareza que desapegar de energias negativas nos faz evoluir. Sejam elas, de ambiente, objetos, sentimentos, pessoas.
A nossa diversão muda um pouco de foco.
Optamos por uma boa conversa ao invés de estar com várias pessoas..
Descobrimos que não precisamos mais provar nada para ninguém.
Percebemos que nosso maior adversário sempre foi nosso ego. O orgulho de se desculpar, de pedir, de dar.
Deixamos de olhar tanto para o exterior, pois pois nessa fase já realizamos que as aparências enganam. E muito, já conseguimos ver que vale mesmo é o caráter, a atitude e personalidade.
Passamos a analisar mais nossas escolhas e priorizar sempre o que nos faz sentir bem.
Percebemos que alguns anos atrás foram bons, mas o melhor da vida estar por vir, como dizem alguns, a vida começa aos 30.
E temos certeza que a idade não importa, o importante é como nos sentimos. É como nós vivemos. A vida é mesmo bela, mas a beleza da juventude é quase uma questão de escolha, se ficarmos nos preocupando muito com o tempo que passa, com a idade que chega, do que vão pensar se fizermos isso ou aquilo, passaremos pela vida correndo sem dar atenção ao que realmente importa.
O mais bonito de se saber é como está a aparência do coração, da alma, pois um interior jovem reflete no corpo. Se nosso coração sorri, nossos lábios mostram; se nossa alma chora, nossos olhos entregam, não tem como esconder isto.
Podemos até disfarçar e chorar ao invés de sorrir, ou sorri ao invés de chorar, mas é quase o mesmo que mentir a idade, no final percebemos que estamos mentindo para nós mesmos.
Então, poderemos completar 20 anos durante 20 anos, porque a juventude surge de dentro para fora. E 30 anos é apenas mais um número. São três décadas, mas três décadas de muitos aprendizados.
Depois dos 30 não ficamos mais preocupada com que vão pensar sobre nós. Se tivermos de dançar, dançamos. Se tivermos um de cantar, cantamos. Não adiamos mais a felicidade. Não deixamo mais as oportunidades passarem por medo do que os outros vão achar. Muitas das vezes buscamos refúgios em desculpas, para justificar nossa procrastinação. Porque achar todo mundo acha, se as pessoas se permitissem se perder mais seriam mais realizadas e contentes, mas não, muitos preferem perder tempo tomando conta da vida do outro, achando isso ou aquilo, esquecendo até mesmo de dá conta da própria vida.
Completar 30 é ter duas vezes 15 anos. Podemos até recriar o mundo de Alice, um país das maravilhas, ou talvez não, temos a liberdade e podemos decidir o que queremos, mas diferente da Alice juvenil que conhecemos no passado. Poderemos refazer agora uma que seja mais preparada, pois depois de ter vivido tantas experiências, não nos deixamos levar por qualquer coelho branco. Sabemos que o relógio não para, então também não podemos parar. Temos maturidade suficiente perceber que o país das maravilhas nunca deixou de existir. Podemos criá-lo e criá-lo a qualquer momento. O que aconteceu com o país de Alice, foi que nós mesmas nos decepcionamos com o mundo por criar muitas expectativas.
O chapeleiro maluco que nessa fase encontramos é o encontro com nós mesmas. Muitas loucuras já vividas, mas com pinceladas incessantes de sabedoria. Não nos importamos se nos veem como loucas, pois o importante é ser nós mesmas.
Depois dos 30 é só o começo de um novo ciclo e tudo está acontecendo. Vamos viver!
O que achou do texto? Já fez trinta anos? Está perto? Como se sente? Concorda? Beijos e até a próxima!🤗🌹