Oi, gente!
Falando de beleza e estilo nosso assunto de hoje será sobre cabelo, ou melhor, a ausência dele.
Essa semana, depois de assistir um vídeo de uma moça no Facebook cortando o cabelo, comecei a pensar na ideia de cortar meu cabelo também, cortar não, pois cortar seria até eufemismo, estou pensando em passar a máquina mesmo.
Ninguém é obrigado a achar isso ou aquilo bonito, mas o respeito às diferenças é fundamental. Temos que aprender desconstruir e ter outros pontos de vista. Não é porque a pessoa tem determinado tipo de cabelo que ele deve ser estereotipado.
Com os rótulos que que criam podemos perceber que não temos a liberdade para escolher sair do que consideram modelo a ser seguido.
Devido aos modelos que criam em torno de nós mulheres, que despertou em mim a vontade de passar a máquina no meu cabelo. Sei que não é uma tarefa fácil, por isso mesmo estou compartilhando aqui uma ideia que desejo amadurecer até o fim desse ano.
Mesmo vivendo em uma sociedade com tantas modernidades e acontecimentos, e até mesmo tantas “ mentes abertas” ainda nos deparamos com preconceitos. Ou seja, precisamos quebrar paradigmas e sermos realmente livres. Não adianta nada eu deixar uma “ditadura” e criar outra.
Cortar o cabelo curtinho exige bastante coragem, personalidade e estilo, pois ainda vemos os pré-conceitos do tipo; cortou
o cabelo é lésbica ou tem alguma enfermidade. Aplaudo de pé estas meninas e mulheres que precisam cortar o cabelo por causa de alguma enfermidade, e desejaria muito poder abraçá-las como demonstração de apoio e carinho, mas o que trago aqui é o julgamento alheio de estereotipar as pessoas e nem permitir a liberdade que cada um tem. Ser lésbica não é algo ruim, é a orientação sexual de mulheres e precisa ser encarada com naturalidade.
Infelizmente, no caso de pessoas enfermas não é uma questão de escolha cortar o cabelo, mas isso não significava que a pessoa deve ser vista como inferior por não ter cabelo. O cabelo é uma matéria morta em nosso corpo, o que temos que valorizar nas pessoas é o que se tem por dentro e não por fora.
Muitas pessoas esquecem que algumas mulheres escolhem cortar o cabelo por vontade de mudança, de desapego, de desconstrução ou simplesmente porque quer se sentir livre.
Vi em um blog a autora do texto dizendo que ser careca obriga a mulher ser mais feminina.
Desculpa, mas eu não concordo nem um pouco, embora eu seja bem feminina, pois gosto de maquiagem, unhas feitas, acessórios entre outras coisas, tenho que dizer que não somos obrigadas a nada. Se a mulher quiser ser feminina ela será, se não quiser também não será, pois não é um cabelo que vai dizer se você é mulher ou não.
Como diz Simone Beauvoir: Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres.
Ou seja, a feminilidade é um modelo criado dentro de uma sociedade totalmente patriarcal, onde há uma criação de gênero, feminino versus masculino; isto é coisa de mulher, isto é coisa de homem, carregada de todo machismo que nos cerca, pois são aprendizagens e repetições de gestos, posturas, maneiras comportamentais que ditam como uma mulher deve ser e a posição que ela deve ocupar ao longo da vida dentro de determinada cultura.
Através desta reflexão percebemos que a feminilidade é algo construído socialmente. E não é um cabelo que vai mudar isso. A pessoa pode ter o cabelo curto e continuar feminina, mas se ela quiser. Sou muito adepta da liberdade. E luto pela igualdade.
Não é um cabelo que vai definir a sexualidade de uma pessoa. Este é um tipo de pensamento bem retrógrado, mas estamos aí para tentar conscientizar as pessoas que elas podem escolher pensar diferente.
Muitas mulheres ficam carecas e continuam maravilhosas e se sentindo ainda mais plenas.
E sem falar que ser careca facilita muita coisa, só de não ter mais que ficar se preocupando em fazer mil coisas no cabelo. já acordar penteada deve ser incrível. Acho que ser careca vai além de demonstrar uma personalidade forte, é sinônimo de praticidade.
E você já raspou as madeixas alguma vez?.
Qual é sua opinião sobre raspar o cabeça? Você não acha que é importante estas desconstruções sociais?
O que acha do visual? Conhece alguém que tem este estilo? Deixe aqui sua dica, sugestão, opinião, pois ainda estou amadurecendo a ideia e em dezembro saberei se é isso mesmo que quero. E vou adorar ler o que meus amigos blogueiros acham. Um beijo e até a próxima!🌹
Fotos reproduzidas do Pinterest
Olá! Sou do grupo das carecas. Já passei pela experiencia há 10 anos atras. E a vontade me ronda novamente.
É muito bom encontrar mulheres que são corajosas, nem aí com o tal de tipo padrão.
Aplausos!!
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Sim, Marileth! A sociedade nos impõe diversos padrões. Embora não seja fácil,
cabe a nós mudarmos nossa visão de mundo para desconstruí -los.
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