First Contact- Tribo perdida da Amazônia

Oi, gente!

Hoje irei compartilhar com vocês um pouco da minha opinião sobre o documentário que assisti recentemente. O Primeiro Contato – Tribo perdida da Amazônia. (First Contact ) em inglês .

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Foto reproduzida do OnNetflix.ca

Primeiro Contato é um documentário  interessante, contudo, bastante triste, pois expõe uma realidade que poucos tem conhecimento, a vida dos indígenas.

Tem pessoas que tem uma visão deturpada dos indígenas, romantizado e chegando a acreditar que “índio” é aquele da época do descobrimento, assim não existe mais, outros acham que o “ índio” pratica antropofagia, outros os tratam como bárbaros selvagens.

Andei assistindo alguns vídeos no youtube sobre a luta do povo indígena, e fiquei perplexa com os comentários preconceituosos.

Muitos propagam o ódio e apoiam ações criminosas de masacres em terras indígenas. O que é muito triste.

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Foto reproduzida do jornal Daily Express

Bem, realmente quase não há mais indígenas no Brasil, hoje são apenas 0,4% da população brasileira, mas eles existem e resistem, pois assim como no passado, o indígena continua sendo extinguindo.

No passado, existiram tribos antropofágicas no mundo, inclusive no Brasil, que foram os Tupinambás, mas não todas tribos como muitos pensam.

Há diversas etnias indígenas. No Brasil, segundo dados do Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010, existem 896,9 mil indígenas com presença em todos os estados brasileiros. São 305 etnias, que falam 274 línguas.

Achar que todos são iguais é ausência de informação, os indígenas tem uma cultura diferente do homem moderno sim, mas não é por isso deve ser tratado com desrespeito e preconceito.

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Foto reproduzida do site Amazônia Real

O “índio” tem respeito pela natureza e pela vida, e se ele tem um comportamento de ataque, provavelmente, se sentiu ameaçado.

O documentário nos mostra um pouco desta rica diferença cultural. Nos traz
a descoberta de uma tribo que nunca havia tido contato com o mundo fora da selva até 2014.

Eles apareceram na aldeia  Simpatia, no Acre – Amazônia. Os indígenas que antes incontactados disseram que migraram para o outro lado da fronteira, devido a perseguição de homens que usavam fardas e rádios de comunicação. Tudo leva a crer que fora o exército peruano.

Um deles relata que diversos membros da família já foram mortos, enquanto outro disse que algumas vezes ficavam dias sem comer, e que durante a noite não conseguiam dormir, pois precisavam proteger suas famílias.

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Foto reproduzida da bbc.com

Eu enxergo como mais um processo de aculturação o que não é favorável para o indivíduo, pois acaba apagando sua própria identidade.
Embora o documentário nos mostra que para a tribo Sapanawa – apresentada como descoberta, teve um lado positivo, pois antes viviam na fronteira do lado do Peru e devido a perseguição implacável de garimpeiros e traficantes tiveram que migrar para o Brasil, sendo obrigados a tornar andarilhos.

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Foto reproduzida do site Survival Internacional

O documentário foi lançado em 2016, no Reino Unido, atualmente está disponível na Netflix. Surgiu a partir do primeiro contato da tribo Sapanawa, em 2014, que antes era desconhecida.

O filme foi produzido pelo antropólogo José Carlos Meireles, que tem ampla experiência em descobrir e contactar tribos indígenas.

O antropólogo defende este contato e diz que quem não se adapta na natureza, quem não muda, morre, pois somos seres em constante mutação.
Contanto vejo como contraditório, pois se eles estão na floresta, estão adaptados na natureza, na cidade que não estariam.

E invadir o espaço indígena, com o intuito de civilizá-los, é um estupro cultural, pois antes do contato com o homem branco, eles tinham seus hábitos e costumes na floresta.

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Foto reproduzida do jornal Daily Express

Muitos dos indígenas que migram para cidade deixam para trás suas crenças, costumes, tradições e principalmente a língua.

Embora, no caso da tribo Sapanawa, consigo entender o antropólogo, pois estavam em situação de perigo no lado fronteira do Peru, pois a fiscalização é ainda menos eficiente que a fiscalização brasileira.

O povo indígena não pode continuar ser dizimado, as demarcações de terras indígenas é umas das principais obrigações do governo brasileiro, é o mínimo que podem fazer depois de todos masacres ao longo da história, a terra é do indígena.

Há uma grande urgência que a luta e resistência indígena ganhe visibilidade. Precisamos que autoridades realmente tomem providências que levem a mudanças satisfatórias.

Desde o século XV o indígena vem sofrendo as consequências da ganância do homem branco. São mais de 500 anos de dor e sofrimento. Parece que o indígena não é gente, pois matá- lo é algo banal. Este extermínio não pode continuar.

Você já assistiu Primeiro Contato- Tribo perdida na Amazônia ? Indico, pois a causa indígena é uma causa de todos nós.

Se você não estiver conseguindo visualizar o Trailer – click aqui.

Trailer:

 

 

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