Oi, gente!
Hoje vamos apresentar grandes guerreiros no Brasil, povos em diáspora africana, certamente, existem muitos outros, mas há ausência de registros oficiais que identifique-os.
Infelizmente, a maioria destes nomes são nomes desconhecidos por muitos, e ignorados pelos livros didáticos. Ademais muitos destes guerreiros não ganharam espaço nos registros históricos oficiais por vivermos em um sistema racista.
Entretanto é bastante engradecedor ver o quão forte foram estas pessoas que contribuíram imensamente na formação do povo brasileiro.
Logo também vemos, que a determinação feminina no território suburbano, já estava muito intensificada com nossos ancestrais, pois entre muitos líderes estavam mulheres, líderes, guerreiras que lutaram, existiram e resistiram em prol da liberdade.
Dandara
Dandara foi uma guerreira negra, no período colonial, no Brasil. Ela dominava técnicas de capoeira e teria lutado ao lado de homens e outras mulheres nas muitas batalhas de ataques a Palmares, estabelecido na Serra da Barriga, região de Alagoas, no século XVII.
Ela participava também da elaboração das estratégias de resistência do quilombo. ( morte em 1694).
Zumbi
Zumbi foi último dos líderes do Quilombo dos Palmares – o maior dos quilombos do período colonial.
Zumbi nasceu na Capitania de Pernambuco, na Serra da Barriga, é considerado um dos grandes líderes da história negra brasileira.
Símbolo da resistência e a luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e prática da cultura africana no Brasil.
O dia de sua morte, 20 de novembro, é celebrado para lembrar a luta e resistência do povo negro em todo o território nacional, por isso é o Dia da Consciência Negra. ( 1655 – 1695).
Tereza de Benguela
Tereza de Benguela foi uma líder quilombola que viveu no estado de Mato Grosso, no Brasil, durante o século XVIII.
Com a morte do marido, José Piolho, lider quilombola, tornou-se a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770.
No Brasil, o dia de 25 de julho é instituído pela Lei número 12 987 como o Dia Nacional de Tereza de Benguela .
Anastácia
Anastácia foi uma escrava, era curandeira, ajudava os enfermos, e com suas mãos, fazia verdadeiros milagres.
Por não aceitar a proposta de seu senhor, de ir para a cama com ele, e se manter virgem, foi surrada e sentenciada a usar uma máscara de flandres por toda vida, onde era somente às refeições.
A escrava frequentemente era espancada, o que a fez sobreviver por pouco tempo, tempo esse durante o qual sofreu verdadeiros martírios.
Quando Anastácia morreu, seu rosto estava todo deformado. Anastácia é cultuada tanto no Brasil quanto na África, como santa e heroína.
Considerada uma das mais importantes figuras femininas da história negra. ( 12 de maio de 1740 — data e local de morte são incertos).
Luíza Mahin
Luíza Mahin, nascida no início do século XIX, foi uma ex-escrava de origem africana, radicada no Brasil.
É notada por ter tomado parte na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos. Foi protagonista importante na Revolta dos Malês .
Segundo alguns estudiosos, se essa revolta vingasse, Luísa seria a rainha da Bahia. Assim, construindo um reinado em terras brasileiras, já que fora princesa na África, na tribo Mahi, integrante da nação nagô. Foi alforriada em 1812.
Zeferina
Zeferina foi uma escrava, cujo nome é uma referência da luta pela liberdade. Era rainha quilombola que lutou contra a escravidão em Salvador. Enfrentou portugueses nas batalhas pela independência da Bahia.
Maria Felipa
Maria Felipa de Oliveira, nasceu em Itaparica, mais conhecida como heroína da independência pela população da ilha de Itaparica.
Foi uma mulher de muita coragem, de beleza por porte físico exuberante, habilidade de capoeirista e trabalhadora marisqueira.
Maria Felipina liderou um grupo de mulheres e homens de diferentes etnias, fortificou as praias com a construção de trincheiras, organizou o envio de mantimentos para o Recôncavo e as chamadas “vedetas” que eram vigias nas praias, feitas dia e noite, a fim de prevenir o desembarque de tropas inimigas, além de participar ativamente de vários conflitos.
Em 7 de janeiro de 1823, liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias de Itaparica.
Todas armadas com peixeiras e galhos de cansanção surravam os portugueses para depois atear fogo aos barcos usando tochas feitas de palha de coco e chumbo.
Ganga Zumba
Ganga Zumba foi o primeiro grande líder do Quilombo dos Palmares, ou Janga Angolana, em Alagoas, Brasil.
Zumba era tio de Zumbi e filho da princesa Aqualtune, por isso assumiu a posição de herdeiro do reino de Palmares e o título de Ganga Zumba.
Aqualtune
Aqualtune foi uma princesa e guerreira africana.
Na África, liderou, em 1625, uma força de dez mil homens na Batalha de Mbwila, entre o Reino do Congo e Portugal, e foi capturada com a derrota, trazida para o Brasil para ser escravizada, porém, fugiu grávida de um engenho em Porto Colvo, no século 17.
Desbravou uma terra desconhecida e hostil em nome de sua liberdade. Filha do rei do Congo, liderou o Quilombo dos Palmares, também conhecido como Angola Janga ( Pequena Angola).
Aqualtune foi mãe de Ganga Zumba e avó de Zumbi, os dois principais líderes do Quilombo dos Palmares.
E neste lindo vídeo tem um pouco mais sobre as guerreiras negras. Vale a pena conferir:
Sabe aquela pesquisa que dá muito prazer em fazer? Então, falar sobre nossos guerreiros negros é uma grande honra, pois é de suma importância conhecer o passado para entender o presente e ajudar a melhora o futuro.
Se você sabe de alguma outra guerreira negra da diáspora africana, no Brasil, comente aí. Axé e até próxima!✊⚘
*Imagens reproduzidas da Internet ____ Referências Bibliográficas:
___ tirandodacachola.wordpress.com
__casademariafelipa.blogspot.com.br
_____serradabarriga.palmares.gov.br
_____pt.m.wikipedia.org/wiki/Ganga_Zumba
_____pt.m.wikipedia.org/wiki/luísa_Mahin
____www.vix.com/pt/bdm/estilo/a-beleza-da-escrava-anastacia
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