Oi, gente!
Bem, confesso que gostaria muito de parar de falar sobre racismo, mas o racismo não para, então fica bem complicado não abordar este assunto.
Algumas pessoas me questionaram se eu não me posicionaria sobre o último acontecimento racista, que se tornou “público”, essa semana.
Conseguinte, como muitos já sabem, o último caso que teve grande repercussão, foi o escândalo do “conceituado” jornalista, William Waack, da Rede Globo – uma também “conceituada” emissora de televisão.
É coisa de preto!
O que leva uma pessoa a dizer que alguma coisa é de preto? Continuar a acreditar ter alguma superioridade por pertencer a uma outra etnia.
É abraçar muito a ignorância em se achar no direito de estereotipar alguém somente pela sua classe, raça ou gênero.
Ah, francamente! Que pensamento mais primitivo este.
A Rede Globo se posicionou em nota com um vídeo de esclarecimento do afastamento do jornalista. 😏
“ A Tv Globo é visceralmente contra o racismo em todas as suas formas e manifestações. Nenhuma circunstância pode servir de atenuantes diante disso.”
O William Waack tirou a máscara?
Não! A máscara que escorregou e caiu sem ele perceber. E para o espanto de muitos, detectamos mais um racista.
Em sua autodefesa diz não lembrar do ocorrido, e pede desculpas aos que se ofenderam.
–Como pode alguém se ofender com um comentário deste?
–Racismo onde?
–Era brincadeira.
–Ele é de outra época.
–Está ficando velho.
–Quem nunca zoou um amigo preto?
–Isso foi obra de inveja para derrubar este prestigiado intelectual.
–O povo está problematizando tudo agora.
–Assim não dá.
–Tudo é racismo.
Sim, toda atitude depreciativa e discriminatória em relação a algum grupo social ou étnico é racismo – e se a vida em sociedade gira em torno disso, em um sistema branco que tem o poder instucionalizado trata o negro com acepção, em pleno século XXI, persiste com um pensamento eugenista, pode- se dizer, que tudo é racismo sim.
Sendo assim ele nem precisa dizer mais nada, pois o vídeo fala por si só. Mostrando assim, claramente, sua concepção sobre pessoas negras.
Entretanto para quem está acostumado a vestir a pele negra todos os dias, (com orgulho), casos como o do jornalista, não são nenhuma novidade.
Um racismo muitas vezes velado, que quando é descoberto, acaba em pedido de desculpas e com afirmações do tipo; não era bem isso que eu queria dizer, não foi minha intenção ofender, tenho amigos negros, meu bisavô era negro, a moça que trabalha na minha casa é negra e assim por diante.
Outros persistem em dizer que protestar e se afirmar contra o racismo é mimimi ou vitimismo.
Assim como foi o caso da jornalista da SBT, Rachael Sheherazade – postou em sua rede social, um posicionamento em defesa de William Waack, dizendo sobre o que fizeram ao jornalista foi uma armadilha da oposição, ou seja, esquerdistas fundamentalistas da moral seletiva, palavras de Sheherazade.
Todavia acho pouco provável que ela não saiba que racismo é crime, e não tenha discernimento suficiente para identificar uma frase de cunho racista.
Ainda tendo o descaro de fomentar através de meios de comunicação a fortificação do racismo, classificando-o como moral seletiva.
Este é o nosso Brasil. Um pais onde sempre encontra uma maneira de suavizar, velar e disseminar o racismo.