Não gosto da cor rosa, nem de chorar na frente dos outros, não ando em passos contados, mas adoro desfilar.
Longboard, vida, liberdade. É preciso equilibrar. Se vejo que vou cair, pulo, mas se caio, sorrio ao levantar.
Gente lerda ou muito lenta consegue me irritar, gosto de aprender, admiro o saber, não gosto muito de procurar, mas já me perdi várias vezes, somente para me achar.
Me encontro em meio aos meus livros, pincéis, canetas, bobagens e até futilidades, não gosto de regras e nem de falsidade.
Não gostava de ouvir e nem falava palavrão, mas minha rebeldia infindável me levou a abrir exceções.
Não tomo refrigerante, cerveja é de amargar, odeio o cheiro de jaca, me faz querer vomitar.
Em um oceano paralelo eu sempre estive a navegar. Remando contra as ondas que tentavam me afogar.
Não aprendi a nadar, mas consigo surfar.
E se a maré está alta, eu ando sobre o amar.
Não assisto novelas, poucas vezes televisão.
Casar nunca foi meu grande sonho, e nem temi o bicho-papão, nos meus contos de fadas meu príncipe nunca foi loiro.
Não vou ao banheiro na hora de pagar a conta e nem finjo que vou pagar, às vezes uso salto alto, mas sempre amei um all star.
Poema de Alessandra Martins