Segue o baile

Não devemos nos sentir culpados porque o outro foi injusto, porque o outro mentiu, porque o outro não nos quis, porque o outro não nos ama, porque o outro não vai com a nossa cara, porque o outro nos olha torto, porque o outro é grosseiro, porque o outro não nos entende, porque o outro não dá o valor que achamos que merecemos, porque o outro parou de se comunicar, porque o outro nos traiu, porque o outro só vê nossos defeitos, porque o outro é falso, porque o outro é ríspido, porque o outro é ingrato, porque o outro é leviano, porque o outro não sabe receber nosso carinho, porque o outro não quer nos ouvir, porque o outro foi embora, porque outro, porque outro, porque o outro.

Basta de outro!

O outro vai continuar nos dando o que permitimos receber. E isso vai gerar tristeza e frustração.

Não deve existir o outro se não nos olharmos primeiro. Não podemos fazer do outro o centro do universo, pois nós somos parte do universo, e outro nunca pode ser mais importante do que nós mesmos. Deve haver um equilíbrio.

Muitas vezes o problema está mesmo com o outro. E problema deixa para quem gosta de aritmética.

Lógico que é importante analisarmos nossos comportamentos e atitudes para tentar concluir onde erramos, muitas das vezes não erramos ao ponto de deixar o outro ser tão importante. É apenas superestimação, e o outro não merece.

Ele merece ter a liberdade de escolher querer ir ou ficar.

Conhecemos nós mesmos, sabemos o quão valiosos somos, por que ficar entrando em liquidação para alguém que não sabe o nosso valor real. Ele irá continuar pedindo desconto mesmo a preço de custo.

O outro tem suas razões, seus motivos, e devemos respeitar isso.

Cabe a nós decidirmos se queremos continuar nos martirizando pelo outro.

Não podemos ficar insistindo em algo que já percebemos desde sempre que necessita de reciprocidade, mas não há. A resolução deve ser em conjunto e não individual.

Se o outro não se sente bem ao nosso lado, se no outro não há paz, não podemos e nem devemos obriga-lo a permanecer. Solte, libere.

Temos apenas que estar abertos ao diálogo para tentar resolver de alguma forma algo que incomoda, se ambos estiverem a fim, excelente, porém, nossa felicidade não depende do outro e sim de nós mesmos.

O que o outro cria é algo dele e não nosso.

Não podemos permitir que o que vem do outro nos afete.

Devemos manter vivos vindo do outro o afeto, a sororidade, a compreensão, o respeito, o amor e a paz. Ou seja, o que soma, o que consome nossa energia é dolorido, é resto; se fere, se desgasta, se é pesado, não tem espaço e não pode se manter relutante entre nós e o outro. Se é resto, é fim.

Somos pequenas partes de um grande universo , todos, nós e o outros, somos todos energia. Cabe cada um canalizar da melhor forma possível sua própria vibração.

Temos luz, se o outro está na escuridão e quer permanecer lá, este é um problema dele.

Deixa o outro e siga.

Como se diz nos morros cariocas, segue o baile.

😉

Texto por Alessandra Martins

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